O ransomware que paralisou uma cidade inteira

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O ransomware que paralisou uma cidade inteira

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A cidade de Baltimore, no estado de Maryland (EUA), vem enfrentando ciberataques desde o começo de 2018. Contudo, foi em maio deste ano que um ransomware encontrou caminho para os computadores de servidores públicos e acabou sequestrando boa parte dos serviços municipais.

Chamado de RobbinHood, o ransomware teve tanto sucesso que, ao criptografar diversos computadores da prefeitura de Baltimore, ele acabou paralisando serviços legais e fiscais, que envolvem desde o gerenciamento de imóveis da cidade até o “DETRAN” local, que lida com as multas sobre veículos.

Para atingir os PCs, os cibercriminosos estariam usando um exploit conhecido como EternalBlue, que se infiltra em computadores e monitora todo o tráfego que passa pela rede local. Dessa forma, ele filtra as informações consideradas importantes e as rouba — neste caso, foi o caminho para o ransomware.

Após o sequestro de arquivos, os cibercriminosos estão cobrando 13 bitcoins da prefeitura da Baltimore, cerca de US$ 114 mil, de acordo com a Kaspersky. A empresa de segurança ainda detalhou todos os problemas que aconteceram na cidade:
– Como a equipe administrativa estava impedida de acessar os e-mails, os cidadãos não puderam entrar em contato com a prefeitura
– Todas as vendas de imóveis foram suspensas (cerca de 1.500 no total)
– Os usuários não puderam pagar online multas por infrações de estacionamento ou de tráfego, o que causou atraso em muitos pagamentos
– As bases de dados de pagamentos de serviços e impostos imobiliários também estavam inacessíveis, o que paralisou o faturamento e os pagamentos
– A administração de Baltimore decidiu não pagar o resgate
– A prefeitura de Baltimore, felizmente, não cedeu: não foi realizado o pagamento do ransomware. O motivo — e isso também serve — envolve dois pontos essenciais: não fomentar a atividade e a falta de garantia que, mesmo com o pagamento, os arquivos serão liberados.

Veja também sobre ataques de ramsomwares contra empresas, no Brasil.

Para se proteger de ransomwares, entenda melhor do que se trata e siga as orientações emitidas na Cartilha de Segurança criada pelo pelo Cert.Br – Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil, acompanhe abaixo:

Ransomware: Você tem backup? Qual a última vez que copiou seus arquivos?
Proteja-se de ransomware e preserve seus dados!

Você sabe o que é ransomware?
Ransomware é um tipo de código malicioso que torna inacessíveis os dados armazenados em um equipamento, geralmente usando criptografia, e que exige pagamento de resgate (ransom) para restabelecer o acesso ao usuário. O pagamento do resgate geralmente é feito via bitcoins.

Como ocorre a infecção?
O ransomware pode se propagar de diversas formas, embora as mais comuns sejam:
– através de e-mails com o código malicioso em anexo ou que induzam o usuário a seguir um link;
– explorando vulnerabilidades em sistemas que não tenham recebido as devidas atualizações de segurança.

Quais tipos de ransomware existem? Existem dois tipos de ransomware:
Ransomware Locker: impede que você acesse o equipamento infectado.
Ransomware Crypto: impede que você acesse aos dados armazenados no equipamento infectado, geralmente usando criptografia.

Além de infectar o equipamento o ransomware também costuma buscar outros dispositivos conectados, locais ou em rede, e criptografá-los também.

O mais importante é evitar ser infectado, veja a seguir como se proteger.

Como devo me proteger de ransomware?
Para se proteger de ransomware você deve tomar os mesmos cuidados que toma para evitar os outros códigos maliciosos, como:
– manter o sistema operacional e os programas instalados com todas as atualizações aplicadas;
– ter um antivírus instalado;
– ser cuidadoso ao clicar em links ou abrir arquivos.

Fazer backups regularmente também é essencial para proteger os seus dados pois, se seu equipamento for infectado, a única garantia de que você conseguirá acessá-los novamente é possuir backups atualizados.

O pagamento do resgate não garante que você conseguirá restabelecer o acesso aos dados.

Fontes: Cert.Br e Kasperski

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