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O papel da TI na saúde

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Negócio e tecnologia caminham juntos e garantem a segurança no tratamento dos pacientes

A TI deixou de ser apenas uma área estratégica e passou a ser corresponsável no tratamento dos pacientes em estabelecimentos de saúde. Alguém pode imaginar uma área de operação mais crítica que a UTI de um hospital? Nos grandes hospitais, as UTIs e outras áreas trabalham sem papel graças à implantação de um sistema de informação hospitalar. Mas, e se o sistema parar?

A missão da TI na implantação de um sistema de informação hospitalar vai muito além da participação na estratégia de crescimento da instituição.

Ela tem coparticipação no tratamento de um paciente. Por isso, ainda que seja uma área técnica, a infraestrutura de TI de um hospital tem como missão a “segurança do paciente”. Garantir que os sistemas de informação hospitalar sejam executados com desempenho e segurança é vital para o funcionamento de um hospital.

A conectividade precisa ser minuciosamente planejada e instalada porque são centenas de cabos organizados que podem influenciar na segurança de um paciente. O uso de Data Centers, internos ou externos, se faz necessário para garantir redundância, a guarda e o acesso aos dados.

A rede sem fio assegura a mobilidade das aplicações dentro de um hospital. Numa operação complexa de logística, como a separação dos medicamentos por paciente, a mobilidade das aplicações que trabalham em tempo real na rede sem fio traz a agilidade necessária à dispensação e distribuição dos mesmos em uma instituição de saúde.

A área de TI de uma empresa é aquela que mais utiliza as técnicas de gestão de projetos, sendo esses projetos priorizados pelo comitê estratégico da instituição. A TI faz parte deste comitê, acompanha as discussões e decisões estratégicas e participa efetivamente em quase 100% da implantação desta estratégia. Qualquer ação a ser implantada em uma instituição requer o apoio da TI, seja somente na infraestrutura ou na automação de algum processo. A TI está em todas as áreas.

Os sistemas de informação hospitalar automatizam todos os processos dos profissionais de saúde nas áreas assistenciais. Além disso, eles contemplam inteligência e apoiam a decisão destes profissionais. Por exemplo, a prescrição feita eletronicamente pelo profissional de saúde é implantada com inteligência da interação medicamentosa, que alerta o profissional de saúde se existe alguma incompatibilidade entre medicamentos prescritos.

Um sistema de informação consegue ter e cruzar em seu banco de dados milhares de informações que não caberiam na memória de um ser humano. Os sistemas de informação conseguem, por exemplo, consistir no momento da administração de um medicamento a um paciente se é: o paciente certo, o medicamento certo, o horário certo, a dose certa e o profissional de saúde certo. Imaginem quantas trocas de medicamentos seriam evitadas se pudéssemos expandir estas consistências para todos os hospitais.

E os sistemas, podem errar?

Esse é o nosso maior desafio. Os sistemas de informação são construídos por seres humanos e estão sujeitos a erros. Para assegurar a menor margem de erro possível, a área de TI precisa trabalhar com metodologia, disciplina e assertividade.

A cada atualização de versão de um sistema que engloba novas funcionalidades, a TI monta uma verdadeira ação de guerra para testar e homologar o sistema de informação.

A metodologia de teste utiliza “Casos de Teste” para todas as funcionalidades. Todos os analistas de negócio interrompem suas outras atividades durante duas semanas e, exaustivamente, testam cada pedaço da aplicação, com maior ênfase ainda nas novas aplicações que se somam ao sistema.

Após uma bateria de testes e com os erros corrigidos, um novo ciclo de testes é iniciado e assim sucessivamente, até que se sinta a segurança de que o sistema terá a menor chance possível de errar num cálculo de dose de medicamento ou na apresentação de uma informação essencial.

Dado que os sistemas são construídos por seres humanos, eles não são infalíveis, mas cabe todo o cuidado e atenção, todas as metodologias e organizações possíveis para minimizar os erros e garantir que o paciente tenha o tratamento mais seguro possível.

Atualmente o organograma de uma área de Tecnologia de Informação de um hospital é bem diferente de outras empresas. O negócio e a tecnologia andam juntos: analistas de negócio ganham conhecimento da área hospitalar com a presença de profissionais de saúde, ao mesmo tempo em que ganham conhecimento na área de tecnologia de informação e gestão de desenvolvimento de sistemas.

Engenheiros de infraestrutura aprendem o que é o negócio saúde e são conscientes do impacto que pode causar uma falha. Enfim, todos trabalham com um único objetivo: garantir a segurança no tratamento dos pacientes nos hospitais.

Artigo de Margareth Ortiz de Camargo (Maggie), CIO do Hospital Sírio-Libanês, para o Philips Clinical Informatics

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